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ex-governador e ex-senador da República
pelo PDMB-RN, Geraldo Melo, vê com indefinição o cenário eleitoral de 2018 no
Rio Grande do Norte. Em entrevista concedida ao Agora Jornal, o peemedebista
falou sobre alguns dos nomes que estão postos na mesa como possíveis candidatos
no ano que vem e fez uma análise breve de todos.
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Do Portal Agora RN
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No entanto, preferiu não emitir
posicionamentos e disse que, a partir do momento em que os debates ficarem mais
intensos, certamente será possível projetar resultados para o pleito que se
aproxima.
Inicialmente, Melo falou sobre os nomes
do atual governador Robinson Faria (PSD) e da atual senadora Fátima Bezerra
(PT). Para ele, o nome de Robinson tem menos força no momento uma vez que o
Estado tem passado por dificuldades, sobretudo no quesito da segurança pública.
Em contrapartida, a petista vem consolidando a ideia de disputar o cargo
majoritário potiguar, muito embora ainda não tenha nenhum concorrente declarado
na busca pela vaga, que no momento é ocupada pelo líder do PSD.
“O governo de Robinson Faria não está
bem com a população e não está bem politicamente. Isso afetará bastante os
planos futuros. A senadora Fátima hoje tem uma força maior, mas no caso dela
creio que se aplica a mesma que vemos hoje no cenário nacional quanto ao PT.
Como ainda não tem candidato confirmado contra ela, acaba que não temos como
fazer parâmetros. Creio que está na hora de aparecer um candidato que diga que
não está no lado de Fátima, que não defende o que ela fala e que mostre seu
posicionamento para que o povo possa se decidir. Na hora que isso acontecer,
certamente haverá uma corrida das forças sociais e políticas do estado para
favorecer uma solução”, contou Geraldo.
Em seguida, o ex-senador abordou os
nomes do atual prefeito de Natal, Carlos Eduardo Alves (PDT), e do
desembargador Cláudio Santos, ex-presidente do Tribunal de Justiça do Rio
Grande do Norte e ex-secretário de segurança pública e defesa social no ano de
2002. Quanto a esses possíveis concorrentes, Melo disse crer que o prefeito de
Natal é, atualmente, o mais preparado no quesito do capital para disputar o
pleito, mas o nome de Cláudio Santos não pode ser deixado de lado devido sua
história na vida pública.
“Carlos Eduardo é, dentro do quadro
político, o nome que mais tem capital para disputar o cargo. Por outro lado, o
desembargador Cláudio Santos é uma pessoa que não tem história na vida
política, mas sim na vida pública. Não sei qual a experiência que ele está
querendo fazer e até onde vai o seu desejo, mas realmente trata-se de uma
pessoa que presidiu o Tribunal de Justiça, tem uma atividade pessoal muito
intensa e tem mostrado muita vontade de ser governador. Se isso vai permitir
que ele seja, é outra história, mas realmente não dá para ignorar”, completou.
Por fim, o ex-governador falou sobre o
cenário para o Senado da República, que terá duas vagas abertas no Rio Grande
do Norte. Os atuais senadores José Agripino Maia (DEM) e Garibaldi Alves Filho
(PMDB) são candidatos declarados a reeleição e surgem com força máxima para
renovar seus mandatos. “São dois candidatos muitos fortes, não adianta pensar
diferente. Eles têm lá os seus problemas, mas são candidatos fortes. Eu acho
que a candidatura dos dois é um dado importante na avaliação do cenário
eleitoral para o Senado do ano que vem. Pessoalmente, eu só lamento que não
sejam três vagas, porque se fossem três eu queria uma”, brincou Geraldo ao
finalizar a entrevista.
