BRASIL-ECONOMIA.
Desde que o governo Temer tomou o poder, o Banco do Brasil
não para de encolher e se descaracterizar. Em parceria com a iniciativa
privada, a instituição está abrindo “lojas de atendimento” com funcionários
terceirizados que fazem serviços de bancários. No dia 10 de abril foi inaugurada,
em São Paulo, uma unidade sob o conceito “Mais BB Padronizado”.
Implantada em parceria com a corretora de seguros Barraconi e
a Promotiva, que se autodefine como “gestão especializada de correspondentes
bancários”, a unidade oferece a comercialização de produtos e foi “apadrinhada”
pela agência Parque Boturussu, localizada em Ermelino Matarazzo, na zona leste
da capital paulista.
“Primeiro a direção do Banco do Brasil, sob o comando do
governo Temer, fecha centenas de agências, promove reestruturações, planos de
demissões e descomissionamentos que resultaram no sucateamento da instituição
pública. E agora passou a terceirizar o atendimento respaldado pela nova
legislação trabalhista que permite a terceirização de todas as atividades de
uma empresa. É a completa desvirtuação do caráter público da empresa”, alerta
Adriana Ferreira, dirigente sindical pelo Banco do Brasil.
De acordo com dados do balanço do Banco do Brasil, em
setembro de 2016, a instituição contava com 112 mil funcionários e 5.430
agências. Em dezembro de 2017, a empresa encolheu para 99 mil bancários e 4.770
unidades bancárias. São 13.590 postos de trabalho e 660 agências a menos em
pouco mais de um ano.
O sucateamento resulta na insatisfação dos clientes. No
primeiro trimestre de 2018 o Banco do Brasil foi a terceira instituição
financeira com mais de quatro milhões de clientes que mais teve reclamações
consideradas procedentes pelo Banco Central.
“Qual a justificativa para encolher um banco público que
sempre apresentou lucro e desempenhou papel fundamental no desenvolvimento da
economia e da sociedade? Quem se beneficia com esse sucateamento de uma empresa
que oferece crédito mais acessível à população e ao setor produtivo?”,
questiona Adriana.
Sindicato dos Bancários
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Chagas Silva