BR-SAÚDE
Universidade de Oxford
anunciou continuidade dos ensaios que estavam suspensos; Brasil depende de aval
da agência para fazer o mesmo
Brenda Marques, do R7
Anvisa tem informações necessárias para avaliar retomada de testes de vacina no Brasil
Jean-Christophe Bott/ EFE
A
Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) recebeu, na tarde deste
sábado (12), da empresa AstraZeneca, as informações necessárias para decidir se
os testes da vacina contra covid-19 podem ser retomados no Brasil.
A
entidade afirmou, em nota, que "vai seguir, nas próximas horas, o
protocolo de análise necessário para a avaliar o pedido".
Mais
cedo, a Universidade de Oxford, que desenvolveu o imunizante em parceria com a
farmacêutica, anunciou a retomada dos testes de fase 3 em humanos - a última etapa antes de uma
possível comercialização - no Reino Unido.
A
continuidade foi autorizada após a conclusão de análise feita por um comitê
independente de revisão e seguindo recomendações de segurança da Agência
Reguladora de Medicamentos e Produtos para a Saúde (MHRA, na sigla em inglês),
o órgão regulador britânico.
As
investigações foram suspensas em todo o mundo no último domingo (6), após uma
voluntária do país europeu sofrer uma grave reação adversa. Ao todo, 18 mil
voluntários já receberam doses da vacina.
Leia
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No
Brasil, 5 mil participantes estão incluídos nas pesquisa. Destes, 4.600 já
foram vacinados "sem qualquer registro de intercorrências graves de
saúde", segundo a Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), que
coordena os testes no país.
"Em
grandes ensaios como este, é esperado que alguns participantes não passem bem e
todos os casos têm de ser cuidadosamente analisados para garantir uma avaliação
cuidadosa da segurança", diz comunicado da instituição de ensino superior.
A
OMS (Organização Mundial da Saúde) afirmou que suspensões temporárias como esta
não são incomuns e garantem a "integridade científica dos testes".
Em
entrevista ao R7, o pediatra Juarez Cunha, presidente da SBIm (Sociedade
Brasileira de Imunizações) também destacou que essas interrupções são
frequentes e mostram a seriedade dos estudos.
"Em
qualquer pesquisa clínica, de vacinas e medicações, isso sempre aconteceu. Nós,
da ciência, já estamos acostumados. O objetivo [da fase 3] é ir afunilando as
observações sobre eficácia e segurança. Em outras vacinas, a gente [população]
acabaria nem sabendo disso", disse.
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Chagas Silva