INTERNACIONAL
Foto: Pixabay/ Divulgação
Enquanto a esperança em dias
melhores parece ser o único refúgio que restou para a humanidade em um ano
marcado por uma pandemia de alcance global, que matou 1,4 milhão de pessoas, o
cientista russo Peter Turchin indica que ainda é possível piorar. Segundo ele,
os próximos dez anos serão ainda mais aflitivos do que 2020.
“Temos praticamente
garantidos mais cinco ou dez anos infernais”, afirmou Turchin à revista
americana The Atlantic. Biólogo de formação, o russo usa modelos matemáticos
para prever tendências sociais.
A previsão poderia ser mais
uma dentre que se repetem todos os anos, não fosse por um detalhe: em 2010,
previu uma “era da discórdia” e um período perturbação social que ganharia força
por volta do ano de 2020.
Agora, em meio à pandemia de
Covid-19, cenário econômico enfraquecido e a força da democracia sendo colocada
à prova, até os analistas mais céticos começam a olhar com mais atenção para as
falas do cientista russo.
O raciocínio que levou Peter
Turchin a fazer a previsão no estudo publicado pela revista Nature, em 2010, e
o prognóstico para os próximos dez anos é o mesmo.
Desde que deixou a biologia,
ele passou a analisar dados históricos e arqueológicos dos últimos 10.000 anos
e percebeu padrões de comportamentos e acontecimentos que se repetem de tempos
em tempos. Dentre eles está a oscilação entre violência e paz provocada pela
movimentação social que, conjugada com três pilares, o levaram à previsão sombria
para os próximos 10 anos
Em sua entrevista à The
Atlantic, Turchin explicou que o cenário sombrio para a próxima década se baseia
em três pontos fundamentais.
Primeiro ele explica que a
camada da elite na sociedade está se expandindo rapidamente, sem que sejam
criadas posições para esses novos membros. Essa situação gera uma disputa no
topo da pirâmide social que culmina em uma divisão entre elite e contra-elite.
Somam-se a este quadro uma classe trabalhadora com qualidade de vida em declínio e um Estado enfraquecido, insolvente e que já não consegue mais solucionar os problemas de suas sociedades.
*CNN Brasil
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Chagas Silva