BR-INTERNACIONAL
Ministrado
pela Universidade Livre Feminista (ULF) e com apoio da Embaixada da Noruega, o
curso de advocacy virtual tem o objetivo de apresentar ferramentas e apontar
caminhos sobre como se mobilizar online pelos direitos e a segurança das
mulheres. Atividade faz parte de mobilizações que marcam o 25 de novembro, Dia
Internacional do Combate à Violência contra a Mulher
Para as
organizações da sociedade civil que trabalham pelos direitos humanos e,
especialmente, pelos direitos das mulheres e população LGBTQI a pandemia da
Covid-19 dificultou o trabalho de ativismo e mobilização. Pensando nisso, o
Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) oferece, com apoio da Embaixada da
Noruega, um curso de advocacy virtual para mais de 50 lideranças de
organizações da sociedade civil do Nordeste que trabalham no enfrentamento à
violência baseada em gênero, que poderão compartilhar experiências, trocar
informações e aprender novas ferramentas. O curso será realizado entre 17 e 19
de novembro, com carga de 6 horas, pela Universidade Feminista Livre (UFL), e
abordará os caminhos virtuais para seguir mobilizando a sociedade, monitorando
as políticas públicas e também sobre como garantir a segurança digital ou
virtual.
A atividade
faz parte de um calendário de ações que marcam o 25 de novembro, Dia Internacional
pela Eliminação da Violência contra as Mulheres, e que serão realizadas em todo
o Nordeste. O curso é uma entrega da Sala de Situação de Violência Baseada em
Gênero: , um espaço seguro, criado pelo UNFPA, para a promoção de diálogo com a
sociedade civil que monitora políticas públicas correlatas ao Plano de Ação da
Conferência Internacional sobre População e Desenvolvimento, com ênfase na
equidade de gênero, raça e etnia, para a prevenção e resposta à violência
baseada em gênero. Ela foi instituída antes da pandemia e, com a chegada desta,
tornou-se uma das principais ferramentas de intercâmbio e diálogo entre a
sociedade civil, assim como promoção de diálogo com agentes estatais.
Embora seja
difícil mensurar os impactos do confinamento em relação à violência baseada em
gênero, a quarentena e o isolamento aumentam a pressão sobre as mulheres e, em
muitos casos, as vítimas estão confinadas com seus agressores, sem conseguir
buscar ajuda dos canais apropriados.
De acordo com
os últimos dados apresentados na Sala de Situação pela Secretária de Políticas
para as Mulheres da Bahia e representante do Consórcio Nordeste, Julieta
Palmeira, o índice de denúncias sobre violências de gênero têm caído em vários
estados do Nordeste, mas, por outro lado, o número de feminicídios tem subido,
o que aponta para uma possível subnotificação e dificuldade de acessar serviços
de denúncia. Na Bahia, por exemplo, o número de feminicídios em maio deste ano
subiu 150% em comparação ao ano passado. Em Pernambuco, foram 17% feminicídios
a mais no primeiro semestre deste ano, em comparação ao ano passado. Quase
todos os estados, contudo, experimentaram redução parcial ou total no número de
registros e denúncias.
“A ideia do
curso de advocacy é empoderar e equipar lideranças que já trabalham pelo
direito e a vida das mulheres e população LGBTQI+ na região, de forma que elas
consigam se adaptar melhor ao período da pandemia e permanecer atuando. É
fundamental que essas organizações continuem em diálogo com o setor público,
ajudando a garantir que as políticas públicas sejam efetivas, que os serviços
de proteção funcionem e que as mulheres tenham para quem e onde denunciar. Nós
queremos reverberar a voz das mulheres que lutam por outras mulheres, de forma
que elas saibam que ninguém está sozinha”, explica a representante do Fundo de
População da ONU, Astrid Bant.
Informações
para imprensa
imprensa.brasil@unfpa.org
Fabiane Guimarães
Communications Assistant
Fundo de População das Nações Unidas - UNFPA
Tel: + 55
(61) 30389268
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Chagas Silva