SP-POLICIA.
O
Ministério Público de São Paulo realiza nesta quarta-feira (18) uma operação
contra advogados suspeitos de transmitir informações aos chefes do Primeiro
Comando da Capital (PCC), facção que atua dentro e fora dos presídios do país,
que estão isolados em presídios federais de segurança máxima.
Segundo
MP, a ação tem como objetivo desarticular a célula jurídica do PCC. Oito
defensores ligados à facção foram presos.
Ao
todo, são cumpridos 13 mandados de prisão e 23 mandados de busca e apreensão,
expedidos pelo juiz Ulisses Augusto Pascolati Júnior, da 2ª Vara Especializada
em Crimes Tributários, Organização Criminosa e Lavagem de Bens e Valores.
A
operação ocorre em São Paulo, Brasília, Rondônia e Rio Grande do Norte.
Investigação
De
acordo com o MP, as investigações apontam que os advogados aproveitavam o
contato com os presos para obter informações sobre ações criminosas que
deveriam ser executadas por integrantes da facção que estão nas ruas.
Os
defensores também transmitiam recados de criminosos que estão soltos para os
chefes do PCC. Os advogados fazem parte de um “setor” apelidado de Sintonia dos
Gravatas – grupo que defende os interesses jurídicos da organização criminosa.
Os
promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco)
descobriram ainda que o PCC se infiltrou em conjuntos habitacionais construídos
pela Prefeitura de São Paulo e pelo governo do estado.
Os
promotores identificaram dezenas de apartamentos que foram comprados pela
facção e colocados em nome de laranjas ou de parentes dos presos.
Em
alguns casos, o PCC assumiu as prestações dos reais proprietários dos imóveis.
A cúpula da facção usa os apartamentos como uma espécie de benefício para
aqueles integrantes que saíram da cadeia e não têm onde morar e também para
parentes de presos.
As
investigações foram realizadas com apoio do Departamento Penitenciário Nacional
(DEPEN), Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), o
Ministério Público do Estado de Rondônia (MPRO) e o Ministério Público do
Estado do Rio Grande do Norte (MPRN).
G1/RN
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Chagas Silva